quinta-feira, 3 de junho de 2010
Memorial de Grasiéli Aparecida Zavariz
O dia 20 de novembro de 1981 significa muito para mim, o dia que registrei minha presença em vida. E assim, nesse cenário de contrastes infinitos, cheios de muita fé, otimismo e, principalmente, muita vida, fiz minha “estreia” e ao longo da minha trajetória fui “colecionando peças” de um mosaico de conhecimentos e valores que me eram oferecidos e que me permitiam escolhas para construir e reconstruir os meus próprios.
Sou a última dos sete filhos de meus pais, dentre esses, duas são professoras, o que me fez gostar desta profissão. Lembro-me, quando pequena, que as acompanhava por entre as escolas que trabalhavam, fazia amizades e brincava de estudar...
Iniciei meus estudos na pré-escola com cinco anos, adorava ir à escola, tinha uma extrema vontade de aprender tudo. Era muito nova não me lembro de tudo, mas as coisas boas marcam nossas vidas... Lembro-me de como a professora era carinhosa, alegre, brincalhona e disposta... Minha própria irmã! Brincadeiras que ficaram gravadas em minha memória e dão um toque a mais em minhas diversões com os pequeninos que passam pela minha vida, são as contações de histórias cheias de mistérios, pula corda, ouro perdido... que tempo bom!
Aos seis anos de idade fui para a primeira série e que satisfação!... Aprendia com muita facilidade e tentava imitar a professora brincando de escolinha com meus pais ou com meus coleguinhas. Entrava num mundo colorido, parecia historinha em que no final tudo dá certo. Era minha infância fluindo, abrindo horizontes para se estabelecer um dia.
Assim foi até a oitava série, estudando na mesma escola, Fazenda Camporês, em frente a minha casa na comunidade de Rancho Dantas, hoje pertencente a Brejetuba, ES.
Como a escola era apenas de Ensino Fundamental, conclui o Ensino Médio na escola Fioravante Calimam, em Venda Nova do Imigrante, ES. Aqui tive experiências novas, umas boas, outras não. Primeiro cursei o Científico e, não satisfeita por estar estudando um curso que não me dava uma profissão, iniciei no outro ano o Magistério e aí sim me realizei. Até o comportamento de uma sala para outra era diferente... muita amizade, companheirismo, alegria. Fiquei, então cursando o Magistério à tarde e o Científico à noite, mas só conclui o Científico por durar apenas três anos.
Prestei vestibular de Letras em Carangola, por incentivo de minha irmã. Tive que ler muito, bater cabeça, mas conseguia bons resultados e acabei me apaixonando pelas letras. Neste entremeio comecei a trabalhar e percebi como é importante o saber, o técnico associado ao espírito coletivo. Um desafio! Desafio este que é vencido a cada dia que passa, pois a aquisição de conhecimentos se dá a cada momento.
Hoje sou melhor do que era. Estou sempre na busca de novos conceitos, principalmente humanos. Me sinto como se fosse uma pessoa muito importante para aqueles que me ouvem, que me veem quase todos os dias. Penso em deixar para eles não só o conhecimento linguístico e literário que transmito com toda empolgação, mas também uma parte de mim, uma parte boa de mim.
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