quinta-feira, 3 de junho de 2010

MEMORIAL DE MARGARETE LOPES PIMENTA




Tornei-me professora de língua portuguesa por influência de pessoas que foram muito importantes para mim. Primeiramente por meus pais que me contavam histórias enquanto trabalhavam na lavoura, era uma forma de me manterem quieta. Recordo-me também, que minha mãe me punha, aos sábados para ouvir histórias pelo rádio. Aquilo era uma diversão que me fascinava. No jardim de infância, nome dado a pré-escola naquela época, tomei contato com o papel, o lápis e as letras. Mal sabia eu que a paixão pela leitura se iniciaria mesmo foi na primeira série. Descobrir o caminho das letras para mim foi como descobrir o mundo. Recordo-me com muita saudade da professora da primeira série e de suas aulas. Desde então, não parei mais de ler. Lia enquanto almoçava, lia para meu irmão dormir, lia para meu pai que ficava muito orgulhoso... Aos nove anos ganhei meu primeiro livro de história: “A HISTORIA DOS DOIS PERUZINHOS”. Já no segundo grau, quando estava no último ano, a escola recebeu a visita de alguns professores da universidade de Cachoeiro de Itapemirim que faziam aos alunos um convite para o vestibular, na brincadeira eu disse que iria fazer Letras, mas sabia que era impossível, pois não possuía uma condição financeira favorável para tanto. Após um ano fora da escola consegui um emprego e entrei na faculdade de Letras. Foi a fase mais sofrida, mas também a que mudou para sempre a minha vida. Aprendi muito com o curso e ter feito essa faculdade foi o melhor caminho trilhado por mim. Há dez anos sou professora, estou na profissão porque gosto, e acredito que só é professor quem gosta de ser professor.

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