domingo, 13 de dezembro de 2009

Memorial de Kátia Cristina Guimarães Bighi




Como me fiz professora

O presente texto apresenta um pouco da minha trajetória como educadora. Chamo-me Kátia Cristina Guimarães Bighi, tenho 37 anos, tenho três filhos, sou divorciada há quatro anos.

Bem, eu começo falando de quando era adolescente, minhas impressões a respeito dos primeiros professores de português e tudo começaram quando ainda estava cursando a 7º serie ,... me lembro como se fosse hoje. Meu professor de português não sei que motivo, começou a me “marcar”, sempre que era para eu responder algum exercício e se esse exercício fosse fácil ele pulava meu número e sem eu esperar ele falava, Kátia dê a resposta dessa atividade (exercício de difícil resolução), todas as aulas eram assim. Quase fiquei reprovada. Nunca me veio à mente a vontade de ser professora. Quando criança, isso sim eu recordo, um pouco mais tarde, no Ensino Médio, onde tudo nos pressiona para que façamos nossa escolha profissional, tinha em mente alguns cursos e acabei fazendo técnico de administração. Como o mercado era difícil, no ano de 1988 comecei a fazer o magistério de tanto minha mãe insistir. Foi assim que comecei a gostar da idéia de ser professora. Nessa fase tive bons professores, o que me incentivou mais a seguir tal carreira.

Fiz o vestibular para letras e passei. Escolhi este curso devido ao professor que me marcou, como se fosse... vou estudar e mostrar para este professor que sou capaz. Desconfio que isso e que me fez optar pelo curso de letras e o incentivo pela minha mãe também.

Enfim, fiz o curso, tive excelentes professores, mas no primeiro período tive um educador chamado César de literatura que quase fiquei reprovada e quando mais eu estudava, menos eu entendia sua matéria, mas não só foi comigo, alguns também encontraram dificuldades e a turma reclamou e ele saiu da faculdade. No segundo período estudamos com o professor Carlos Alberto que era ótimo, foi quando comecei a gostar da literatura. Ele falava com tanta firmeza que suas falas pareciam que estavam acontecendo ali naquele momento.

Enfim consegui terminar minha faculdade no ano de 1994 e meu primeiro filho tinha dois anos de idade. Quando me separei pela primeira vez. Fui morar com meus pais, foi uma mudança radical, pois morava no Rio de Janeiro e vim para o Espírito Santo. Em Monte Santo Escola Unidocente, onde foi minha primeira experiência como educadora. Lecionei para uma classe que nela tinha cinco turmas em uma sala, onde eu cozinhava para os alunos e limpava a escola. Trabalhei apenas um ano e retornei para o Rio de Janeiro para meu marido. Fiquei dez anos tomando conta de casa, de filhos e de marido. Tive uma vida muito tumultuada e decidi “viver” me separei definitivamente. Foi quando comecei uma nova vida. Voltei a estudar, fiz uma pós-graduação para me atualizar, pois estava parada há muito tempo. Lecionei meu segundo ano na Escola Nova Campina no Rio de Janeiro, para 5º e 6º serie do ensino fundamental. Quando terminou o ano letivo vim para Ibatiba Espírito santo. Neste mesmo ano de 2007, consegui algumas aulas de português em São Jorge, Brejetuba, de um professor que desistiu das aulas. Nesta mesma escola lecionei mais um ano e atualmente estou na Fazenda Leogildo, Brejetuba.

Minha vida atualmente está um tanto quanto corrida. Trabalho de segunda a sexta, das 7:00 às 11:30min e das 18:00 às 21:30min. Ela se localiza na zona rural, a disciplina língua portuguesa, de 5º à 8º serie. Turande à tarde planejo minhas aulas e outras, tiro um tempo para meus filhos e meu atual marido.

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