Com essa atividade pude perceber que os jornais não estão presentes na vida de nossos alunos. Pelo menos na escola onde leciono. E digo mais, a leitura em geral é muito pouco usada pelos alunos. Porém, eles se interessam por várias coisas que não são “escolares”.
Antes de começar a trabalhar com os jornais, pedi que trouxessem os jornais que estavam sobrando em casa. E aí, também me espantou o fato de como eles quase não têm contato com as notícias impressas.
Ao conseguir um número suficiente de jornais, levei-os para a sala de aula e a curiosidade era tanta, que tive que deixar a primeira aula só para folheá-los.
Os meninos, exclusivamente, sabiam onde encontrar notícias esportivas e os benditos classificados sensuais. Foi a partir daí, que deixamos as notícias de lado e partimos para ver somente os anúncios.
Em nosso livro didático (DELMANTO, DILETA – Português: idéias & Linguagens, 7ª série / Dileta Delmanto, Maria da Conceição Castro. – 12. ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2005.) há uma unidade com esse assunto. Então depois do contato com o livro e com o jornal, pude até dramatizar o texto “Os Jornais” de Rubem Braga.
Houve a elaboração de vários textos com os temas das reportagens. Também houve muitos debates, principalmente sobre os fatos policiais. Como se interessam por fatos policiais! Também falamos sobre: pedofilia, crise mundial, pré-sal, entre outros assuntos.
Então, depois de tamanha exploração, foi o momento de cada um anunciar. Eles poderiam vender, comprar, alugar, trocar. O que era destinado à compra/venda teria um preço simbólico. Cada aluno fez três anúncios e foi montado um mural, o qual era visto por toda a escola.
Com isso, foram aparecendo “clientes” de todas as salas para “negociar” com eles. Trocaram adesivos por balas, chaveiro por cds, bijouteria por carrinhos... foi um troca-troca dos bons.
Professora Lia Matos
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